O contexto pandémico em que Portugal se encontra tem vindo a ter consequências imensuráveis a todos os níveis; financeiro, social, pessoal e familiar. Neste complexo cenário, a Associação de Natação de Lisboa não tem deixado de envidar esforços em todas as suas área de intervenção e, apesar da sua aparente ausência, muito trabalho tem sido desenvolvido para procurar viabilizar atividades ou colaborar com a viabilização realização de várias outras – tratem-se estas de atividades a nível local ou a nacional.
Estes esforços, e no que atividade desportiva diz respeito, não se encerram apenas na procura de respostas ou soluções para o imediato, mas na definição de estratégias e meios necessários para a retoma de uma atividade competitiva, com recurso a um ou mais modelos de organização competitiva, diferentes dos até agora preconizados, mas que de forma transitória permitam alimentar aquele que é o cerne da atividade desportiva: a competição.
Não obstante o trabalho desenvolvido, a complexidade da realidade pandémica na área territorial da ANL – de resto como acontece com a da Associação de Natação do Norte de Portugal – está invariavelmente ligado à sua dimensão. Ou seja, se nos momentos de contexto “normal” a nossa atividade permite uma prática desportiva regular com obtenção de resultados qualitativos significativos, e não se deixando afetar por certos condicionalismos que existem em associações de menor expressão quantitativa, no atual momento a dimensão dos problemas é proporcionalmente agravada. Acresce ainda a este enquadramento o efeito das medidas implementadas pelos órgãos reguladores – tais como as limitações de circulação entre concelhos aos fins de semana, escalões com permissão outros sem para realização de atividade competitiva, nível qualitativo dos praticantes com permissão para continuação da atividade de treino no período de confinamento, entre outros – e como resultado temos uma miríade de limitações que colocam em causa toda a atividade desportiva não só presente mas futura.
No que à ANL diz respeito, para além das estratégias que se têm traçado para a retoma da atividade competitiva, a nossa atual prioridade tem sido em trabalhar junto das entidades reguladoras para a sensibilização dos problemas resultantes de regulamentações desajustadas da realidade desportiva da natação. Procuramos igualmente salientar a importância que os escalões de formação têm – e em particular nas modalidades individuais – e a necessidade de identificar e encontrar respostas para a sua regular exclusão. Também ao nível do necessário reconhecimento da importância que o desporto deve representar nacionalmente e até mesmo da necessidade de também ele poder e dever ter ensino articulado.
A ANL assume hoje em dia um papel de responsabilidade no qual, o seu exercício e o seu produto, não pode negligenciar a sua atual responsabilidade, entre elas a de prevenir possíveis fontes de contágio ou, mais importante ainda, potenciadora de comportamentos desviantes e potenciadores do aumento do risco para a saúde pública.
Neste sentido apelamos a todos – e em particular aos que genuína e responsavelmente se preocupam o desporto em geral e a natação (nas várias modalidades) em particular – que sejam o mais responsáveis possível nos comportamentos de prevenção e propagação desta pandemia.
Apela-se ao bom senso, à responsabilidade social, para se criarem condições de um regresso à atividade de forma segura, e com saúde.